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Pessoas, ferramentas e processos: o tripé vencedor
Pegue processos desordenados. Adicione ferramentas pouco adequadas de TI e acrescente também equipes sem diretrizes claras sobre fluxo de trabalho. Misture bem todos os ingredientes e terá, em instantes, um ambiente corporativo pouco eficiente e com reduzidas chances de agradar aos clientes.
O que mais se vê são soluções para problemas apresentados de maneira desestruturada ou desconectada entre si. Quem vende ferramenta tem a tendência de mostrar para o cliente que sua ferramenta, sozinha, é capaz de mudar para melhor tudo o que acontece na sua empresa (como se, em um passe de mágica, a ferramenta fosse funcionar sozinha), absorver tudo o que acontece e ‘cuspir’, de maneira estruturada, todos os relatórios e necessidades da corporação.
O que assusta não é o vendedor pregar este discurso, mas sim o executivo acreditar que tudo isso é possível.
Muitas empresas de consultoria vendem a crença de que os processos, bem estruturados e definidos, por si só, são a solução para redução de vários males das corporações e ainda resultam em aumento significativo na produtividade dos times. Para finalizar esta soma de devaneios, muitos gestores de pessoas pregam que elas, sob seu comando e, apenas com o seu “grunido” como ordem, são capazes de produzir mais e melhor que ferramentas e processos. Essas são coisas que algum consultor ou vendedor inventou para ganhar dinheiro.
O fato real é que, nenhuma das três situações isoladas, são capazes de gerar algo significativo dentro das corporações. As melhores práticas mostram que ações desfocadas e desencontradas podem, quando muito, ser consumidoras de muito investimento e pouquíssimo retorno.
Uma ferramenta, por mais inteligente e bem customizada que seja, jamais será capaz de mudar a história de produtividade, controle e desempenho das empresas. Ela precisa, obrigatoriamente, de pessoas que colocarão em suas bases informações, que processadas de maneira consistente e contínua, gerarão uma importante fonte de decisão e controle.
Se os processos não levarem para as pessoas treinamento e uma maneira otimizada de fazer as coisas, de pouco contribuirá para melhoria do desempenho e produtividade e, consequentemente, irão produzir uma base de informação desqualificada para as ferramentas.
Finalmente: é claro que a tecnologia, tanto de ferramentas como de processos, sem pessoas comprometidas e focadas, jamais irão gerar sucessos de maneira isolada. As corporações precisam entender que não basta investir milhões em ferramentas e processos e acreditar que, apenas com isso, as pessoas estarão focadas e resultarão em melhoria da produtividade e redução de despesas.
É impossível imaginar que sem o tripé pessoas, processos e ferramentas, as empresas possam ter sucesso. É preciso investir nas pessoas, em sua qualidade de vida pessoal e profissional, para que elas possam gerar o aumento da produtividade que se espera, reduzindo desperdícios e, consequentemente, aumentando os lucros das empresas, suportadas pelas ferramentas e orientadas pelos processos.